terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Fraternidade e comunhão

Deus revela-nos Sua face nos pequenos e nos humildes. Esta verdade de Cristo nos inquieta pois em nossa modernidade podemos desacreditar em Deus e acreditar unicamente na força e na capacidade humana. Não se trata de fugir de nossas responsabilidades, mas com elas confiar mais plenamente no Deus da vida que nos convida continuamente para viver em Sua misericórdia.
A palavra do Filho se realiza na comunidade dos irmãos: é o Reino do Pai. O Reino do Pai se realiza na fraternidade entre os filhos: o amor do Pai se concretiza no amor aos irmãos; o amor aos irmãos tem seu fundamento no amor do Pai. O que une não é a grandeza mas a pequenez que o Filho acolheu e acolhe. O que mantém a união não é a vida impecável e perfeita dos cristãos, mas o perdão sempre de novo dado e recebido.
O mal não é obstáculo para o bem; pode ser uma provocação para que o bem mostre todas as suas potencialidades. Os limites precisam ser acolhidos para serem enfrentados e eventualmente superados. Quando não aceitos, tornam-se motivo de defesa e agressão, de violência e divisão. Quando aceitos, porém, tornam-se lugar de alegria, de amor, de entendimento, de comunhão. Tudo depende do espírito com que encaramos e vivemos os limites. O espírito de morte leva às guerras; o Espírito de Deus leva ao respeito e o respeito à comunhão.
O objetivo da ação do Filho é justamente a comunidade, onde somos irmãos porque filhos do Pai. Só a fraternidade aberta a todos pode mostrar ao mundo que Deus é Pai e Pai de todos! No centro da comunidade, como valor absoluto, está aquele que se fez último e servo de todos: o Filho encarnado na pequenez do profeta de Nazaré, o Senhor crucificado, revelação do Deus Amor que se fez humilde e pequeno para acolher os pequenos e os últimos.
- Pe. Antonio José de Almeida -
 
Verdades do Reino
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Um comentário:

chica disse...

Mensagens sempre importantes, escolhidas com cuidado por aqui! Essa,mais uma delas! beijos,chica