Ora(r e a)ção

O pequeno Roberto não havia estudado e agora estava pelejando com a prova de geografia, na base da adivinhação. De todas as respostas erradas, a pior foi “Brasília, capital de Goiás”. Durante todo o dia sentiu-se profundamente angustiado e à noite, após as costumeiras orações, acrescentou nervosamente: “E, por favor, Senhor, faze com que Brasília se torne a capital de Goiás”.

Pode ser que você e eu nunca tenhamos sido tão ingênuos como o pequeno Roberto, mas algumas de nossas orações não têm sido como a de Roberto? Quantas vezes temos sido omissos no cumprimento de nossos deveres e, em seguida, nos dirigimos a Deus pedindo que Ele fizesse por nós o que deixamos de fazer? Quantas vezes temos feito coisas que sabemos que não são corretas e, em seguida, corremos ao Pai Celeste, pedindo que endireite o que havíamos entortado?

É verdade que Deus prometeu perdoar-nos os pecados por amor de Jesus, mas isso não quer dizer que Ele nos dispensou de fazermos o que é nosso dever. O privilégio da oração não é licensa para a preguiça nem convite à preguiça. O cristão deve rezar e trabalhar. Oração e trabalho não se excluem mutuamente, elas andam de mãos dadas. Devemos rezar como se tudo dependesse de Deus e trabalhar como se tudo dependesse de nós!

- Herman W. Gockel -

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