Ação na contemplação

A caminho de Jerusalém, uma casa acolhe Jesus. Nela, duas maneiras de acolhê-lO: uma é a de  Marta e outra, a de Maria. Marta, a mais velha, ocupada em fazer muitas coisas para preparar-se para o encontro com Jesus; vive tão atarefada que nem se apercebe que o Senhor chegou. Maria, a irmã mais nova, por outro lado, interrompe os seus afazeres, senta-se aos pés do Mestre e bebe de Suas palavras. Acolhido, Jesus acolhe e revela o mistério do Pai e do Filho a quem O escuta. 

A presença de Jesus tem efeitos contrários nas duas: é alegria para Maria e peso para Marta. As duas não estão em oposição... a contraposição só é ressaltada por Marta que chama Maria ao dever e, diante da situação criada, Jesus também é chamado a posicionar-se. E, Ele o faz com a liberdade do amor, convidando Marta a transformar-se em Maria e purificar a sua ação na contemplação.

Aí está o fundamento do discipulado: não consiste no que fazemos (que, sem dúvida, é importante) mas em acolher o Senhor, demorar-se a assimilá-lO, beber de Sua boca e ouvi-lO. Que, a exemplo de Maria, saibamos buscar o fundamental: escutar Jesus!

(Pe. Antonio José de Almeida)

 

 

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