quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Amor misericordioso

O Evangelho de hoje tem a função de recordar-me como Deus me ama, de modo que eu, reconhecendo-me pecador e agraciado, faça desta graça a fonte de uma vida nova. Ele, de fato, revela quem é Deus para mim, quem sou eu para Ele e o que devo ser e fazer pelos outros. O amor misericordioso, único amor possível num mundo de miséria (material, moral e espiritual), é a única força capaz de vencê-la.
Quem é Deus para mim? Deus me ama, enquanto sou Seu inimigo; me faz o bem, enquanto O odeio; me abençoa, enquanto O amaldiçoo... desde que eu seja salvo, Deus está disposto a sofrer qualquer mal por mim. Ele me dá até o que não ouso pedir-Lhe e não me pede de volta o que Lhe roubei. Deus é condescendência em relação ao meu abismo.
Quem sou eu para Deus? Sou alguém infinitamente amado, mesmo que não seja Seu amigo, O odeie, O amaldiçoe, O renegue, O agrida, Lhe encha a paciência, O despreze, O roube... Exatamente para mim que estou nesta situação, Ele derrama Seu amor e me agracia com a Sua misericórdia.
O que devo ser para os outros? Uma coisa só: irmão. Amar e perdoar como o fez Jesus. Amar os inimigos pode não ser um belo projeto pessoal, mas é um mandamento do Senhor, que vem na base de qualquer relação que se pretenda desenvolver para trazer a paz ao mundo.
Abramo-nos ao que não é amável, ao que não nos retribui duplamente, ao que não nos agradece, ao que não nos paga o que deve. Amemos, simplesmente! Amemos assim como o Pai ama, cheio de compaixão e misericórdia.
- Pe. Antonio José de Almeida -

2 comentários:

chica disse...

Maravila e é tão fácil...Amar não é difícil, basta estar abertos...acolher...


beijos,tudo de bom,chica

Maria Luiza disse...

Eu não acho que amar é fácil, assim. Amar é fácil às pessoas que conhecemos, família, amigos. Mas esse amor não conta para Jesus. O amor que ele quer é o amor total a quem quer que seja, principalmente às pessoas difíceis, complicadas, chatas e malas! Ele quer que o vejamos na o rosto do malcheiroso pedinte e nos malas da vida. Linda explicação do Pe. Antônio! Beijos amiga!