Era uma vez um avarento que queria ganhar mais dinheiro,
sempre mais dinheiro. Uma noite, enquanto contava e recontava seus níqueis e
notas, apareceu-lhe um gênio e diz: “Teus desejos foram satisfeitos. Terás
cinco mil todos os dias. Mas com uma condição...” O homem, meio apatetado com
tal notícia, nem perguntou qual seria a condição, disse logo que aceitava. O
gênio continuou: “Pois bem, receberás todas as manhãs essa quantia, com a
condição de gastar tudo até o fim do dia. Se, ao dar meia noite, tiver sobrado
algum centavo, morrerás”.
A princípio tudo correu bem. O homem comprava móveis,
roupas, carros, aparelhos eletrônicos, terras, todo tipo de novidades que
apareciam e os cinco mil se esgotavam logo. Com o correr do tempo, entretanto, a
tarefa foi se tornando difícil... se jogava na loteria, a sorte irônica o
protegia; suas propriedades alugadas rendiam somas fabulosas; os depósitos na
poupança se multiplicavam e não havia mais nada nas lojas que ele já não
tivesse comprado.
Chegou o dia em que o pobre rico não conseguiu desfazer-se
da mesada recebida pela manhã. O gênio, gargalhando, apareceu e lavrou sua
sentença de morte. O homem se escusou, se explicou e se enrolou: “Mas eu
recorri a todos os meios para gastar esse maldito dinheiro...” Ao que o gênio
respondeu: “Só te faltou aplicar um meio, o melhor de todos. Faltou empregar
essa fortuna em favor dos pobres e oprimidos. Se assim tivesse feito, esse
dinheiro teria sido insuficiente...”
Clóvis Bovo
“Liberta quem sofre injustiça. Quando fizeres um julgamento,
não o faças com azedume. Sê misericordioso com os órfãos como um pai e sê como
um marido para a mãe deles. E serás como um filho obediente do Altíssimo que,
mais do que uma mãe terá compaixão de ti!” Eclo 4, 9-12
*Ü*Relicário atualizado*Ü*
Um comentário:
Bela história, faz pensar! beijos,linda semana,chica
Postar um comentário