“O nosso amigo Lázaro dorme, mas eu vou acordá-lo” disse
Jesus ao encontrar-se com as irmãs de Lázaro.
A Quaresma é tempo de a gente passar do sono para a vigília,
da morte para a vida. A morte biológica é o fim de todos nós; a ressurreição é
a vida divina que o Pai quer dar a cada um e a todos os Seus filhos. Assim como
Jesus chorou sobre Lázaro, o amigo que morrera, Jesus chora sobre cada um de
nós, que, muitas vezes, caminhamos nas trevas, tropeçando, caindo. Jesus grita
para cada um de nós: “Acorde, saia do túmulo em que você está, saia para fora”.
Tudo o que o Evangelho de hoje (Jo 11, 1-45) fala sobre Lázaro, está falando
sobre cada um de nós.
Salvar-se da morte é o desejo que dita todos os movimentos
neste jogo de xadrez que é a vida, mas, sabemos, com antecedência, que todo o
nosso esforço para livrar-nos da morte é inútil. Jesus não nos salva da morte,
somos mortais... Jesus, porém, nos dá a possibilidade de compreender a morte e
de vivê-la de modo novo, divino; Ele nos faz ver como se pode viver o amor até
ao ponto de dar a vida. O ser humano não tem condições de segurar a vida, mas
podemos gastá-la no egoísmo ou investi-la no amor.
Jesus, ao dar vida a Lázaro, foi condenado à morte. Ele dá a
vida e recebe a morte; mas, exatamente ao receber a morte, dá vida. É o
paradoxo da cruz, que exprime o clímax seja do mal que está no homem seja do
bem que Deus nos quer. Acolher essa boa notícia, acordar para essa verdade,
confiar nessa promessa muda a nossa vida e transforma a vida do mundo. Jesus é
seu, meu, nosso amigo; Ele quer nos acordar no mistério de Sua morte e
ressurreição que celebramos na festa da Páscoa.
Pe. Antonio José de
Almeida
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Um comentário:
Reflexões linda para mais um domingo de quaresma. Já faltam poucos dias para a Páscoa! beijos,chica, linda semana!
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