Quem faz o bem atrai sobre si o ódio e mesmo a perseguição,
pois o mundo gosta do que é seu e odeia o que denuncia sua maldade e vazio; o
discípulo, porém, sabe que amar o mundo é odiar a Deus. O cristão cria
problemas porque revoluciona os critérios que sustentam o mundo.
É fácil cair no espiritualismo e na privatização da fé,
evitando-se, assim, o ódio do mundo; é cômodo não questionar as relações
econômicas, sociais, políticas nem se perguntar se essas estruturas respeitam
ou não o ser humano, sobretudo os mais pobres e excluídos. É fácil viver uma
religião barata onde convivem sem atritos Deus e dinheiro, religião e opressão,
devoção e injustiça, onde a cruz - ah! A cruz - continua a ser levantada em
todas as paredes, para decorá-las e dispensar o ódio e a perseguição do
seguimento. Cristão de verdade deve dar testemunho de Jesus!
Jesus preparou os discípulos para a cruz e as perseguições.
Cruz e perseguição não são fracasso; são caminho obrigatório para a salvação do
mundo e da humanidade num mundo de mentira, injustiça e ódio. Deus reescreve a
história que não é o triunfo do mal, como muitas vezes possa parecer, mas a
vitória do Justo que foi o único que venceu o mal não odiando, mas amando
gratuitamente.
A vida de Jesus é um ataque
mortal aos valores do mundo; para defender-se, o mundo ataca. A diferença é que
Jesus visa à salvação do mundo, enquanto este quis eliminar Jesus para
prosseguir em seu caminho de morte. O resultado foi surpreendente: o bem venceu
perdendo e o mal perdeu vencendo!
Pe. Antonio José de Almeida
Um comentário:
Mensagem bem forte e reflexiva,Tetê! beijos,linda semana,chica
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